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terça-feira, 26 de julho de 2016

Liderança eclesiástica: os oficiais ordenados da igreja


Liderança eclesiástica: os oficiais ordenados da igreja Postado por Igor Pohl Baumann - Como se configura a liderança de uma igreja local, segundo a Bíblia? Qual a diferença entre os oficiais e líderes de uma igreja? A liderança no Novo Testamento era diversificada e, segundo Gene Getz, passou por duas fases de desenvolvimento. A primeira era composta por apóstolos e profetas, como Pedro e Ágabo. A segunda fase demonstrou que a igreja estava melhor organizada e dispunha de dois cargos oficiais, pastores e diáconos. O comum nestas duas fases era a atuação vibrante da igreja por meio do ministério pessoal de cada crente. Os termos bíblicos para liderança eclesiástica variam, mas se dividem em dois ofícios, o pastoral e o diaconal. Em linhas gerais, discute-se se as palavras bispo, presbítero e pastor eram termos que designavam ofícios diferentes ou termos sinônimos para a mesma função. Em Fp 1.1, Paulo reconhece a presença de bispos(Presbíteros), que literalmente significa supervisores, e diáconos na liderança da igreja. Em outras palavras, pastores ou supervisores e diáconos compõe a liderança ordenada de uma igreja local segundo a Bíblia. A Bíblia, portanto, testemunha e encoraja a presença de oficiais na dinâmica de uma igreja desde os primeiro séculos. Não reconhece, pois, a partir desta segunda fase observada por Getz, a presença de apóstolos ou profetas como oficiais da igreja; apenas como sendo os dons de plantar igrejas (apostolado) e o de pregar (profecia). Por isso, os oficiais que a igreja congregacional reconhece são os pastores, presbíteros(Bispos,Anciãos) e os diáconos. Eles são líderes chamados por Deus e autorizados pela igreja local a exercer sua liderança junto ao povo de Cristo. Tanto pastores quanto diáconos devem exercer suas funções de acordo com qualificações descritas claramente em 1ª Timóteo 3.1ss. Os pastores têm a função de apascentar o rebanho. A imagem do pastor é uma metáfora do Antigo Testamento vinculada ao trabalhador que cuidava de ovelhas e foi aplicada aos líderes da nação de Israel. Chegando ao Novo Testamento, a imagem do pastor foi aplicada aos supervisores das igrejas locais, isto é, aos líderes representativos das primeiras comunidades cristãs. O pastor é quem cuida do rebanho, devendo priorizar o ministério da palavra (pregação e ensino) e da oração como base para sua influência entre os demais, segundo Atos 6.4. Em outras palavras, ele deve ensinar a sã doutrina, refutar as heresias, expor fielmente a Palavra de Deus e dirigir a igreja local com os preceitos bíblicos. Os pastores devem ser respeitados pela igreja local (1ª Tessalonissenses 5.12,13); devem ser obedecidos (Hebreus 13.17); devem ser honrados e abençoados pela igreja (1ª Timóteo 5.17); eles são dignos de credibilidade, a menos que testemunhas confiáveis possam confrontar seus erros em amor (1ª Timóteo 5.19). Quanto aos diáconos, eles também devem estar qualificados para exercer o ofício. O ministério diaconal tem início em Atos 6.1-7, quando a igreja de Jerusalém experimentou crescimento numérico e precisava atender às demandas e necessidades das pessoas, auxiliando os apóstolos. Estevão, o primeiro mártir cristão, e Filipe, que pregou ao etíope, eram diáconos dentre outros apresentados pelo Novo Testamento. O significado da palavra diácono é literalmente servo. A palavra indica duas verdades. A primeira, significa que qualquer pessoa que serve ao Senhor é um diácono, sendo Jesus o modelo de servo-diaconal (Romanos 15.8). Jesus é o modelo e a base para todo e qualquer serviço na igreja. A segunda verdade, porém, é que a palavra diácono também assume um sentido específico, vinculado àquelas pessoas escolhidas para servirem na igreja local em áreas ministeriais de relevância para toda a igreja. São auxiliares dos pastores na condução e disciplina do povo de Deus. Para ser diácono é preciso estar dentro das qualificações estipuladas pela Bíblia em Atos 6.3 e 1ª Timóteo 3.8-12. A diferença básica entre o trabalho dos pastores e dos diáconos é a demanda contextual. O ministério dos pastores é supra-cultural, ou seja, independente do contexto, a igreja sempre precisará ser pastoreada, ensinada e liderada por homens de Deus. Por outro lado, o ministério dos diáconos deve ser efetivo ao suprir as necessidades de determinado contexto, que variam de um lugar para outro. As igrejas devem seguir o modelo bíblico para nomear seus oficiais. Em 1ª Timóteo 3.1-12, Paulo deixa bem claro quais devem ser as credenciais de um pastor e de um diácono. Os pastores e diáconos que seguirem essas orientações bíblicas e permitirem ser moldados por tais valores, certamente terão um ministério frutífero e que honra ao Senhor. A autoridade que Jesus outorga aos oficiais da sua Igreja é para amar, servir e dirigir o seu povo, sempre sob direção bíblica e intimidade com Deus. Pedro esclarece isso reiterando que a autoridade eclesiástica é para servir e não para escravizar, dominar ou manipular as pessoas (1Pe 5.2,3). Os que assim o fazem podem ser severamente advertidos: “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor” (Jr 23.1). Os oficiais da igreja local, isto é, os pastores e diáconos devem inspirar pessoas sob seu cuidado e orientação para que se cumpra a profecia de Jr 3.15. Finalmente, o ensino sobre os oficiais de uma igreja cristã se aplica em que a salvação deve redundar em santidade e serviço; todos os salvos possuem pelo menos um dom para servir; servir é um privilégio; alguns são chamados para servir como oficiais ordenados da igreja; os oficiais da igreja podem ser pastores ou diáconos; esses ofícios existem para auxiliar a igreja a cumprir sua missão com excelência e alegria.

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