COMO DEFENDER O DÍZIMO?
Há quem já estudou a Teologia Bíblica, e como resultado, deixou de Pagar o Dízimo em sua Comum (Congregação/Igreja local). Alguns, chegaram até a desestimular a prática do Dízimo na vida daqueles que fielmente dizimam; até escreveram artigos ou livros (opúsculos) para DEFENDER O NÃO PAGAMENTO DO DÍZIMO. O resulto: confusão, dor de cabeça para pastores, avareza (que é um tipo terrível de idolatria) estimulada, etc. Portanto, como se Deve Defender a Legítima Prática do Dízimo? Visto que tais proponentes tem dito que o Dízimo foi ABOLIDO como obra da Lei de Moisés? Bem, vamos então desconstruir tal argumento usando a mesma Teologia Bíblica mal interpretada por estes.
Em primeiro lugar, o argumento usado pelos Apologistas (defensores do não-pagamento do Dízimo) é legítimo até certo ponto: eles dizem que o Dízimo foi instituído como Lei por Deus através de Moisés sobre o Povo de Israel, portanto, para o judeu circuncidado e membro do antigo pacto feito no Sinai, o pagamento do Dízimo era compulsório e obrigatório sob pena de castigo e maldição, como está bem claro em Malaquias três (Último livro do Antigo Pacto)… Estes mesmos proponentes, afirmam também com exatidão que nem Jesus e nem seus Apóstolos em Todo o Novo Testamento obrigou e obriga a Igreja (os cristãos) a pagarem o Dízimo. Outrossim, citam vários textos do Novo Pacto para dizer que a Lei, e muitas coisas relacionadas a ela: como o Dízimo, os sacerdotes, os levitas, o templo físico de Jerusalém, as festas e os dias judaicos. Foram abolidos (cancelados/cumpridos) em Cristo Jesus… E, continuam em suas conclusões: todo este “blá, blá, blá” dos pastores quanto ao pagamento do Dízimo é infundado e desnecessário.
Em segundo lugar, há muitos escândalos hoje nas Igrejas, no que diz respeito à administração das suas finanças, no qual têm entristecido e desanimado muitos cristãos quanto à continuidade da prática do Dízimo e até das Ofertas em geral.
E aí? O que devemos fazer? Como reagir a esta situação? Pagar ou não Pagar? Ofertar ou não ofertar? Bem, não se pode Negar que o próprio Jesus e seus Apóstolos eram sustentados por DOAÇÕES, ou seja, eles recebiam ofertas dos que iam entrando no Reino de Deus (Lucas 8.2,3; João12.6; 1Coríntios 9.9-12)… Por outro lado, tanto Jesus e seus Apóstolos nasceram, cresceram e viveram dentro da cultura judaica (no Judaísmo: a religião dos judeus). E isto significa que desde pequenos, eles já haviam aprendido o hábito e a CULTURA do dizimar e de oferta (em forma de sacrifícios) na Casa de Deus: o templo de Jerusalém. Pergunto? Se Jesus sabia que o Dízimo, por exemplo, seria alguns dias mais tarde abolido com sua obra, por que ele não deu diretrizes para seus discípulos? Pois se ele não exigiu o Dízimo de sua Igreja, e nem assim seus discípulos-apóstolos, ELES também não proibiram a sua prática. Portanto, não se constrói uma Doutrina ( a abolição do Dízimo) no silêncio das Escrituras do Novo Testamento, ainda que por inferência.
Contudo, é completamente legítimo a prática do Dízimo. E sua legitimidade não está alicerçada no argumento do silêncio como está o argumento dos defensores da não-prática. Como assim? Quer dizer que há base Bíblica no Novo Testamento para a prática do Dízimo? Sim! E não só no NT, mas também no próprio AT, e melhor, fora dos ditames da Lei de Moisés! Vejamos:
E os que dentre os filhos descendentes de Levi receberam o sacerdócio têm ORDEM, com base na Lei de Moisés, para tomar de seus irmãos, o povo de Israel, o Dízimo, ainda que eles tenham saído dos lombos de Abraão. Mas, Melquisedeque, cuja genealogia não foi contada entre os sacerdotes levitas, tomou o dízimo de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas… Neste mundo, pois, tomam dízimos homens que morrem; mas Melquisedeque, tomou o dízimo de Abraão, porém, não temos o relato de sua morte. Isto quer dizer que ele Vive! E assim, por meio de Abraão, até os descendentes de Levi, que recebe dízimos do povo, pagou também o dízimo a Melquisedeque! (Hebreus 7.4-9).
Eis aí a Base Bíblica neotestamentária para a atual prática do dízimo. Pois quando o crente Abraão pagou o Dízimo ao sacerdote Melquisedeque (Gênesis 14.20), ele o fez quando ainda não havida sido instituído a Lei de Moisés, ou seja, antes do Dízimo se tornar uma prática obrigatória. E segundo a exegese (interpretação) do escritor aos Hebreus, até os sacerdotes Levitas pagaram o Dízimo através de Abraão. Pois bem, se nosso pai na fé (Abraão), e até os sacerdotes da tribo de Levi que deveriam cobrar o Dízimo, pagaram o Dízimo voluntariamente, como Jesus pagou voluntariamente o imposto do Templo de Jerusalém e apoio o imposto devido à César…, sabendo ainda que não há nenhum texto em toda a Bíblia que proíba a prática do Dízimo, porquê então você (ou eu) não DEVEMOS pagar o dízimo? Porque somos MELHORES do que eles? Pense nisso!
Dito isso, é importante mencionar que, atualmente, muitos “cristãos” estão prontos para negar a validade do dízimo para os nossos dias, não porque querem dar mais, mas porque querem dar menos, ou até mesmo nada. Para esses eu digo que quem supostamente se converteu ao Senhor, mas não converteu o seu bolso, deve reavaliar sua conversão. O cristão reconhece que não apenas 10% do seu salário pertence ao Senhor, mas todos os seus bens. Assim, o verdadeiro cristão faz planejamentos financeiros para não gastar em coisas supérfluas, a fim de poder contribuir com o máximo possível para o Reino de Deus, voluntariamente. O verdadeiro cristão não busca viver uma vida de luxo, pois seu deus não é o dinheiro, e sim o Senhor, a quem Ele coloca em primeiro lugar.
Tomemos como exemplo a contribuição da igreja primitiva. A viúva no templo deu tudo o que tinha (Lc.21.1-4). Os primeiros cristãos vendiam propriedades e depositavam todo o valor aos pés dos apóstolos (At.4.34-37). Os pobres da Macedônia contribuíram acima de suas posses (II Co.8.1-3). Esse é o padrão que o cristão deve seguir.
Devemos também lembrar que os pastores que Deus designou para pastorearam o rebanho precisam de sustento, sendo responsabilidade da igreja provê-lo (1Co 9.3-14; ). Portanto, as ofertas voluntárias também são usadas para compor o salário do pastor, provendo os recursos materiais necessários para que ele continue anunciando o Evangelho.
Para aqueles irmãos que congregam em igrejas onde o dízimo é praticado (como também é o meu caso), tenho recomendado que continuem contribuindo com o dízimo, mas considerando-o em seus corações como uma oferta voluntária, e não se satisfazendo em contribuir apenas com a décima parte, mas com o máximo possível, como acontecia na igreja primitiva.
Dízimo, uma prática bíblica a ser observada
Por Rev. Hernandes Dias Lopes
Há uma enxurrada de comentários tendenciosos e distorcidos circulando as redes sociais, em nossos dias, atacando a doutrina dos dízimos. Acusam os pastores que ensinam essa doutrina de infiéis e aproveitadores. Acusam as igrejas que recebem os dízimos de explorar o povo. Outros, jeitosamente, tentam descaracterizar o dízimo, afirmando que essa prática não tem amparo no Novo Testamento. Tentam limitar o dízimo apenas ao Velho Testamento, afirmando que ele é da lei e não vigente no tempo da graça.
Não subscrevemos os muitos desvios de igrejas que, laboram em erro, ao criarem mecanismos místicos, sincréticos e inescrupulosos para arrecadar dinheiro, vendendo água fluidificada, rosa ungida, toalha suada e até tijolo espiritual. Essas práticas são pagãs e nada tem a ver com ensino bíblico da mordomia dos bens. O fato, porém, de existir desvio de uns, não significa que devemos afrouxar as mãos, no sentido de ensinar tudo quanto a Bíblia fala sobre dízimos e ofertas. Destaco, aqui, alguns pontos para nossa reflexão.
Em primeiro lugar, a prática do dízimo antecede à lei. Aqueles que se recusam ser dizimistas pelo fato de o dízimo ser apenas da lei estão rotundamente equivocados. O dízimo é um princípio espiritual presente entre o povo de Deus desde os tempos mais remotos. Abraão pagou o dízimo a Malquizedeque (Gn 14.20) e Jacó prometeu pagar o dízimo ao Senhor (Gn 28.22), muito antes da lei ser instituída.
Em segundo lugar, a prática do dízimo foi sancionada na lei. O princípio que governava o povo de Deus antes da lei, foi ratificado na lei. Agora, há um preceito claro e uma ordem específica para se trazer todos os dízimos ao Senhor (Lv 27.32). Não entregar o dízimo é transgredir a lei, e a transgressão da lei constitui-se em pecado (1Jo 3.4).
Em terceiro lugar, a prática do dízimo está presente em toda Bíblia. A fidelidade na mordomia dos bens, a entrega fiel dos dízimos e das ofertas, é um ensino claro em toda a Bíblia. Está presente no Pentateuco, os livros da lei; está presente nos livros históricos (Ne 13.11,12), poéticos (Pv 3.9,10) e proféticos (Ml 3.8-10). Também está explicitamente ratificado nos evangelhos (Mt 23.23) e nas epístolas (Hb 7.8). Quanto ao dízimo não podemos subestimá-lo, sua inobservância é um roubo a Deus. Não podemos subtraí-lo, pois a Escritura é clara em dizer que devemos trazer "todos os dízimos". Não podemos administrá-lo, pois a ordem: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro".
Em quarto lugar, a prática do dízimo é sancionada por Jesus no Novo Testamento. Os fariseus superestimavam o dízimo, fazendo de sua prática, uma espécie de amuleto. Eram rigorosos em sua observância, mas negligenciam os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé. Jesus, deixa claro que devemos observar atentamente a prática dessas virtudes cardeais da fé cristã, sem omitir a entrega dos dízimos (Mt 23.23). Ora, aqueles que usam o argumento de que o dízimo é da lei, e por estarmos debaixo da graça, estamos isentos de observá-lo; da mesma forma, estariam também isentos da justiça, da misericórdia e da fé, porque essas virtudes cardeais, também, são da lei. Só o pensar assim, já seria uma tragédia!
Em quinto lugar, a prática do dízimo é um preceito divino que não pode ser alterado ao longo dos séculos. Muitas igrejas querem adotar os princípios estabelecidos pelo apóstolo Paulo no levantamento da coleta para os pobres da Judéia como substituto para o dízimo. Isso é um equívoco. O texto de 2 Coríntios 8 e 9 trata de uma oferta específica, para uma causa específica. Paulo jamais teve o propósito de que essas orientações fossem um substituto para a prática do dízimo. Há igrejas na Europa e na América do Norte que estabelecem uma cota para cada família para cumprir o orçamento da igreja. Então, por serem endinheirados, reduzem essa contribuição a 5% ou 3% do rendimento. Tem a igreja competência para mudar um preceito divino? Mil vezes não! Importa-nos obedecer a Deus do que aos homens. Permaneçamos fiéis às Escrituras. Sejamos fiéis dizimistas!
O dízimo deve ser praticado à luz do Novo Testamento?
O dízimo representa a décima parte do fruto do nosso trabalho consagrada a Deus. É uma expressão da fé, do amor e da gratidão do cristão pelo favor divino que lhe assegura a vida e o sustento espiritual e material. Essa ordenança da Lei mosaica (Levítico 27.32), que no Antigo Testamento assegurava o sustento dos sacerdotes e dos levitas, já era praticada antes de Moisés. Abraão e Jacó, por exemplo, entregavam o dízimo de tudo o que possuíam (Gênesis 14.18-20; 28.22). Além de ser uma ordenança, o dízimo sempre envolveu bênçãos de prosperidade, conforme Provérbios 3.9,10 e Malaquias 3.10-12.
No Novo Testamento, não há nova regra para o dízimo. Jesus não condenou nem ab-rogou essa prática; apenas criticou o comportamento hipócrita dos religiosos que davam dízimo para se autopromoverem, sonegando o mais importante da Lei: o juízo, a misericórdia e a fé (Mateus 23.23).
O Senhor se agrada daquele que dá voluntariamente e com alegria (2 Coríntios 9.7), e não daquele que apenas cumpre uma obrigação religiosa, por medo de atrair uma maldição ou de ir para o inferno.
O cristão genuíno é conhecido pelo amor, pela fé, pela obediência e pela submissão ao Todo-poderoso. É impossível desassociar o dízimo e as ofertas de certas virtudes fundamentais da vida cristã. Logo, dar o dízimo atesta se o cristão crê em Deus e na Sua Palavra, se reconhece que Ele é o Provedor, se lhe é grato e se deseja contribuir para o evangelismo e o estabelecimento efetivo do Reino de Deus em cada coração.
A despeito disso, existem muitos cristãos que não percebem que dar o dízimo é um privilégio. Eles não conseguem entregar nem 10% do seu salário à causa do evangelho. Esse apego ao dinheiro demonstra um materialismo exacerbado e até avareza, um pecado de idolatria (Colossenses 3.5). E foi para evitar isso que o Senhor instituiu o dízimo.
Quando devolvemos a Deus os 10% que Ele requer para que haja mantimento em Sua casa, estamos dizendo que Ele é o Senhor da nossa vida, que reconhecemos que tudo que somos e temos vem dele e pertence a Ele; somos apenas os mordomos.
O cristão que entrega o dízimo demonstra ter visão espiritual, fé nas promessas de Deus, compromisso com a igreja, com sua liderança e com a causa do evangelho, e será ricamente abençoado pelo Senhor.