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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

A gloriosa preeminência de Cristo


A gloriosa preeminência de Cristo Referência: Colossenses 1.13-17 INTRODUÇÃO 1. Os falsos mestres de Colossos, assim como, os falsos mestres dos nossos dias não negam a importância de Cristo, mas não lhe dão a preeminência. Para os gnósticos Cristo era apenas uma emanação de Deus e não o próprio Deus encarnado. Hoje os Muçulmanos pregam que Cristo foi um grande profeta, mas não o Supremo Profeta. Os Espíritos dizem que ele é um Espírito de luz que não precisou se reencarnar, mas não o Eterno Deus. Os Romanos dizem que ele é um Mediador, mas não o único Mediador entre Deus e os Homens. Os Testemunhas de Jeová dizem que ele foi o agente da criação, mas não o Eterno Deus. 2. Quem é Jesus? Esse texto nos mostra e preeminência de Cristo na obra da salvação e na obra da criação. Quando vai falar da obra da redenção, Paulo muda o pronome de “vós” para “nós” (v. 12 e 13). I. A PREEMINÊNCIA DE CRISTO NA OBRA DA SALVAÇÃO – V. 13-14 1. Ele libertou-nos do império das trevas – v. 13 • A palavra libertou significa libertar do perigo. Não poderíamos libertar a nós mesmos da culpa e penalidade do pecado, mas Jesus libertou-nos. Estávamos em perigo de passar toda a eternidade nas trevas exteriores, longe de Deus, mas Cristo libertou-nos do poder das trevas. • O império das trevas é a esfera em que Satanás exerce sua jurisdição, é o campo de ação de Satanás, dominando sobe os corações, as vidas e as atividades dos homens. Estávamos na casa do valente (Mt 12:29), na potestade de Satanás (At 26:18), andando segundo o príncipe da potestade do ar (Ef 2:2). Mas Cristo nos libertou. • A palavra libertou está no “aoristo passado”, ou seja, é uma obra consumada. 2. Ele nos transportou para o Reino do seu Filho Amado – v. 13 • No mundo antigo quando um império obtinha vitória sobre outro, existia o costume de transladar inteiramente a população vencida a outro país. Exemplo: Assíria e Babilônia. • Deus não transportou os vencidos, mas os vencedores. Deus nos arrancou da casa do valente, da potestade de Satanás, do reino das trevas e nos transportou para o seu Reino, para o seu domínio e poder. • Deus nos tirou do reino obscuro dos ideais falsos e imaginários para introduzir-nos na terra banhada pelo sol do conhecimento claro e da expectativa realista. Tirou-nos da esfera dos desejos pervertidos ao bem aventurado reino dos anelos santos. • Foi um translado das trevas para a luz, da escravidão para a liberdade, da condenação para o perdão, do poder de Satanás para o poder de Deus. Assim como Deus libertou o seu povo da escravidão do Egito e o trouxe para a terra prometida, assim o Senhor nos transporta para o seu Reino. • Temos sido traslados de uma vez por todas. Já estamos no Reino da luz (1 Pe 2:9). Isso é escatologia realizada. Já estamos no antegozo da glória. 3. Ele nos redimiu – v. 14 • A palavra redimiu significa libertar um prisioneiro ou um escravo pelo pagamento de um resgate (Ex 21:30). Paulo não está dizendo que o resgate foi pago a Satanás para que fôssemos libertos do reino das trevas. Por sua morte e ressurreição, Jesus satisfaz as demandas da lei de Deus e nos redimiu com o seu sangue (Ef 1:7). Satanás procura nos acusar, porque ele sabe que nós somos culpados de quebrar a lei de Deus. Mas o resgate pago por Cristo no calvário nos redimiu e agora estamos quites com a lei de Deus (Rm 8:33-34). • Essa redenção implica em libertação da maldição (Gl 3:13) e em libertação da escravidão do pecado (Jo 8:34,36; Rm 7:14). 4. Ele nos perdoou – v. 14 • A palavra perdão significa deixar o outro livre ou cancelar a dívida. Cristo não apenas nos deixa ir livres e transferiu-nos para o Reino da luz, mas ele também cancelou toda a dívida que tínhamos como escravos. Nossos débitos não podem mais nos escravizar. Satanás não pode encontrar mais nada nos nossos arquivos que possa nos condenar (Rm 8:33-34). • A barreira entre o pecador e o Deus santo foi removida. Ilustração: o que aconteceu com Lady Macbeth, na peça de Shekespeare não ocorre com o cristão verdadeiro: a mancha do pecado não lhe fica nas mãos. Nem mesmo Satanás resiste ao sangue do Cordeiro (Ap 12:10,11). • O perdão de Cristo não é uma desculpa para pecar, mas um encorajamento para a obediência. • O perdão de Cristo é o referencial do perdão que devemos oferecer (Cl 3:13; Mt 18:21-35). II. A PREEMINÊNCIA DE CRISTO NA OBRA DA CRIAÇÃO – V. 15-17 1. Jesus Cristo é a exegese de Deus, o revelador do Deus invisível – v. 15 • “Ele é a imagem do Deus invisível”. Imagem e não imitação. Tudo que Deus é, o é igualmente Jesus. Jesus Cristo é a exegese de Deus. Ele é verdadeiro Deus de verdadeiro Deus. À parte de Jesus, a imagem perfeita do Deus invisível, Deus o infinito Espírito não pode ser visto pelo ser humano (Jo 4:24). Em Cristo, o Deus invisível, tornou-se visível e palpável (Jo 1:1,14; 1 Jo 1:1-4). Quem quiser saber quem é Deus, olhe para Jesus: a) João 1:18 – Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito que está no seio do Pai, é quem o revelou. b) Hebreus 1:3 – Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser. c) Colossenses 1:15 – Ele é a imagem do Deus invisível. d) Colossenses 2:9 – Porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade. e) João 14:9 – Quem me vê a mim vê o Pai. f) João 10:30 – Eu e o Pai somos um. g) Colossenses 1:13 – Jesus é o Amado Filho de Deus. 2. Jesus Cristo tem a mais alta honra na criação – v. 15b • A expressão primogênito da criação (protokokos) aqui não tem a ideia temporal, do tempo de nascimento, mas é antes um título de honra. Esse texto não significa que Jesus é o primeiro ser criado, visto que é o criador de todas as cousas, e existe antes de todas as cousas, mas, antes, uma referência a ele como cabeça de toda a criação. Cristo recebe a mais alta honra na criação: 1) Jesus é o herdeiro de tudo que foi criado (Sl 89:27; Hb 1:1-2); 2) Jesus tem o direito de possuir e exercer absoluta autoridade sobe a criação; 3) Jesus recebeu o privilégio de de ser eleito para ocupar a mais alta posição de honra no universo (Lc 3:22; Ap 1:5; Rm 8:29). a) Êxodo 4:22 – Dirás a Faraó: Assim diz o Senhor: Israel é meu filho, meu primogênito. b) Salmo 89:27 – Fá-lo-ei, por isso, meu primogênito, o mais elevado entre os reis da terra. 3. Jesus Cristo é a fonte da criação – v. 16 • Jesus é a fonte originadora de tudo o que existe no céu e na terra: “Pois, nele, foram criadas TODAS as cousas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades”. • Os anjos não têm nenhum poder à parte de Cristo. De fato separados dele nem poderiam existir. Os anjos nada podem acrescentar à plenitude dos recursos que os crentes possuem em Cristo nem os anjos maus podem separar os crentes do amor de Deus (Rm 8:35-39). • O culto aos anjos, portanto, é uma usurpação da glória e preeminência devidas a Cristo (Cl 2:18-19). 4. Jesus Cristo é o agente da criação – v. 16 • “Tudo foi criado por meio dele”. Ele é o agente do poder criador de Deus. Ele é o verbo criador (Gn 1:3; Jo 1:1-3). • As galáxias, os mundos estelares, os anjos, os homens, e todo o universo foi criador por meio dele. Ele trouxe tudo à existência. 5. Jesus Cristo é o alvo da criação – v. 16 • “Tudo foi criador por meio dele e PARA ELE”. Todo o universo tem uma única finalidade: render a Jesus todo o louvor e a glória. Diante dele todo o joelho deve se dobrar no céu, na terra e debaixo da terra e confessar que Jesus é Senhor para a glória de Deus Pai. • O universo inteiro deve celebrar a glória de Jesus (Sl 19:1-6; Ap 5:13). • Todas as criaturas devem dar glória a Jesus e servir aos seus propósitos (Rm 11:36; 1 Co 10:31). 6. Jesus Cristo é independente e maior que toda a criação – v. 17 • “Ele é antes de todas as cousas”. Jamais houve um tempo em que Cristo não existiu. Ele é pré-existente. Ele é o alfa e o ômega. Ele é eterno. Ele é auto-existente e auto-suficiente. Ele não é dependente da criação. Ele não deriva sua glória da criação nem dela depende. Ele é transcendente sem deixar de ser imanente. • Ele não foi criado no tempo. Ele é o Pai da eternidade (Jo 8:58). Jesus Cristo é imutável (Hb 13:8). 7. Jesus Cristo é o sustentador da criação – v. 17 • “Nele tudo subsiste”. Jesus é o centro de coerência e coesão do universo. É Jesus quem interliga e dá simetria a todas as leis da física, da química, da biologia, da astronomia. Nele vivemos, nos movemos e existimos. É ele quem nos dá a respiração e tudo mais (Atos 17). • O mundo tem leis e essas leis científicas são estabelecidas por ele e são leis divinas. As leis da natureza não têm uma existência independente de Cristo. São a expressão da sua vontade. Em resposta às orações ele pode intervir nas próprias leis da natureza. • Cristo é o centro de coesão de todo o universo físico e espiritual (Ef 1:10). Ele criou todas as cousas adaptadas ao seu meio, ao seu habitat e para a sua glória. CONCLUSÃO 1. Todas as cousas existem em Cristo, por Cristo e para Cristo. Jesus Cristo é a esfera, o agente e o alvo para quem todas as cousas foram feitas. 2. Paulo usa três preposições para descrever a preeminência da Cristo na criação: nele, por meio dele e para ele (v. 16). Os filósofos gregos tinham ensinado que todas as cousas necessitam de uma causa primária, de uma causa instrumental e de uma causa final. A causa primária é o plano; a causa instrumental é o poder e a causa final é o propósito. Quando olhamos para a criação podemos ver que Jesus é a causa primária (ele planejou a criação). Ele é a causa instrumental (ele produziu-a). Ele é a causa final (ele fez tudo para o seu próprio prazer e glória). A criação portanto, existe para dar glória a Cristo. Rev. Hernandes Dias Lopes

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